18 abril, 2006





qualquer palavra
agora! já!
uma alavanche de fonemas
que mudem minhas margens de lugar,
que traduzam minhas linhas,
qualquer palavra muda, calma,
com alma,
com gesto e cor,
uma sílaba, uma frase,
um sujeito, um sintágma,
uma interjeição!
qualquer palavra crua, dura e tenaz,
que silencie essas tantas vozes
que dentro de mim
me alucinam
que dentro de ti
me enlouquecem
e que no papel
me saciam...

Um comentário:

Anônimo disse...

palavras são como tijolos... podem erguer. podem ferir. ou simplesmente podem ficar inertes numa parede qualquer.