19 abril, 2006

valsinha

Ao som das sete cordas
Ele percebeu
Que o sol já não brilhava mais

Saiu por uma porta
Que se abriu no tempo
E foi buscar a sua paz

Olhou a rua e com os
pés descalços, frios,
Cheio de ternura e dor

Encheu-se de fina tristeza
E na paisagem
Procurou por seu amor...

E então a deusa viva,
Que voava ao vento,
Vendo tanta solidão

Chegou ao seu ouvido
Como fosse um grito,
Assustando o coração

Lhe disse do dia mais belo
Que lhe libertara
De tanta prisão

Calou-lhe num sincero beijo
E voltou ao vento
Ver do céu a escuridão...

E ele emocionado
Meio envergonhado
De tanto se lamentar

Encheu-se de voraz coragem
E na claridade
Pôs-se a caminhar

Banhado pela luz da lua
Esqueceu de tudo
Que o fez penar

E o dia amanheceu
E ele adormeceu
Em paz...

Um comentário:

Anônimo disse...

q lindo! espero encontrar a paz algum dia, nem q seja no fundo de uma cova, hehehehe