
O homem é, sem dúvida, uma fonte inesgotável de contradições. Talvez por sua falta de natureza e seu excesso de liberdade e espaço, o ser humano, ser inexplicável, ser incompreensível, ser sem serventia e centralizador do mundo nunca consiga harmonizar o que pensa com o que sente, o que sente com o que faz e o que faz com todo o resto. A impulsividade não o poupa de estar sempre vacilando. Age de forma impensada, sim, há coragem, plena consciência, vontade, gana, desejo, e no instante seguinte algo o torna pequeno, covarde, ausente, uma indecisão, uma falta de norte, de rumo, a lucidez sem caminho, o caminho sem ar. Se fosse bicho, saberia exatamente o que fazer. Mas é homem, é duro quando deveria ser terno, é frio quando deveria ser sangue, e intempestivo quando a temperança deveria controlar seus ânimos... é homem... não sabe viver. É José a recuar, é Maria a questionar, é João que sonha e não vive, é Ana que sonha e vive!
Nós somos a única contradição no mundo.
Nós não sabemos usar a razão para viver.
Nós deveríamos nem existir.
Na verdade nós nem existimos: somos uma alucinação coletiva.
Deveríamos tentar viver como pássaros, buscar lá no fundo de nossa alma um restinho de instinto básico, uma fração de nosso perdido manual de instruções. Dentro dele deve estar guardada a receita para agir com coerência, amar com paciência e viver com consciência.
Nós somos a única contradição no mundo.
Nós não sabemos usar a razão para viver.
Nós deveríamos nem existir.
Na verdade nós nem existimos: somos uma alucinação coletiva.
Deveríamos tentar viver como pássaros, buscar lá no fundo de nossa alma um restinho de instinto básico, uma fração de nosso perdido manual de instruções. Dentro dele deve estar guardada a receita para agir com coerência, amar com paciência e viver com consciência.
Um comentário:
viva as contradições! viva a inconstância! viva a liberdade! (sem crases mesmo)elas q nos tornam humanos...
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