Certos jardins crescem a esmo
nas periferias das cidades
a despeito do abandono
e da má reputação.
Algumas plantas,
embrutecidas pelo mau tempo,
adaptadas à paisagem
de tijolo a vista, fios de luz e salpique,
resistem
e insistem
na arquitetura da sobrevivência.
Entre escombros e espinhos
sob o sol
afloram-se
como se a primavera
fosse uma promessa
e não mais uma esperança.
Trazem consigo, como
herança ou
carma ou
genética ou
destino,
a força de quem
enfrenta o deserto
sem desertar de si.
*Para o Repórter Guaibense
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