11 junho, 2006


Assim que amanhecer eu vou sair

Vou ouvir algum pássaro

Vou ouvi-lo, percebê-lo e sentir seu encanto

O encanto do canto

do pássaro a cantar

E amar o seu canto, e deixá-lo amar!

Sem me importar com a hora que passa

O carro que passa

A gente que passa

A dor que não passa

Assim que amanhecer eu vou sair

Vou sentar-me embaixo de uma árvore

E esperar meu pássaro cantar

E aprender a amar o seu canto

Que só encanta quando o pássaro

está livre para voar...

Talvez assim eu me sinta também um pouco pássaro

E me permita aprender a amar.

2 comentários:

Anônimo disse...

que bom que voltas a nos embriagar com o doce absinto dos teus pensamentos, já que a abstinencia destes, nos punha em deliriuns tremens.
luis.

Roger Jones disse...

que legal Liane !
você é uma pessoa existencialmente poeta...