08 junho, 2022

UM POEMA PARA UM POETA

Conheci um homem 

que carregava consigo 

sua dignidade de menino.


Ele me contou 

que ainda jovem 

compreendeu o motivo da seda: carícia. 


Com duas mãos de orvalho 

tocou meus olhos de lágrima 


e veja bem: não doeu.


Depois, não sei: parece que engoli uma estrela. 


E entre um soluço e outro, 

ensaiam-se cócegas 

um sorriso

e a paz de quem espera. 



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