E porque chegastes assim
De assalto, roubando-me
O pouco fôlego
Que os cigarros e as noites
de pranto me deixaram
E porque não me cobrastes
Nada além do ar, do mar
Do amor que pode existir
Entre dois corpos
E porque meus olhos
Quedaram-se mudos nos teus
E minha boca cala-se
diante de tua vontade
Porque reconheci em teus gestos
O mesmo desejo de viver sem dor
Eu, livre, vaga, leve
Deixo que o céu se imponha
Leva-se da vida
O que há de belo
Leva-se amor
Nada mais.
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