Eu não gosto de brincar na beira do mar
e acabo sempre nadando na arrebentação.
Por isso, vez que outra, volto sufocada, afogada...
As ondas quebram em meu rosto,
disfarçando as lágrimas
e abafando os gemidos chorosos
que, como uma velha canção de pescador,
teimam em arranhar meus seios
teimam em cozinhar-me
vivo em banho-maria.
Eu não gosto de brincar na beira do mar
e acabo sempre me arrebentando.
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