Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
Carlos Drummond de Andrade
"Tem dias que tua ausência me dói mais, e delicadamente sangro, como se buscasse esvaziar-me dessa dor. Tem dias que tua saudade é latejante, e grito silenciosamente por socorro. Eu sei que me escutas..."
7 comentários:
Olá Liane!!!!
Saudades de Você!!!
Vim aqui fazer uma visita e me apaixonei pelo Blog!!!
Já virei seguidora!!! Se der, vai lá me visitar, também tenho um Blog!!!
Beijos,
Clá!!!
Amigo,
tua carne apodrece numa gaveta,
visão foda, mas é só matéria.
Tua alma, porém, não ficou desnorteada
se encontra dentro de cada um de nós
lugar, na verdade, em que sempre esteve.
Amigo,
tua carne apodrece numa gaveta,
visão foda, mas é só matéria.
Tua alma, porém, não ficou desnorteada
se encontra dentro de cada um de nós
lugar, na verdade, em que sempre esteve.
Amigo,
tua carne apodrece numa gaveta,
visão foda, mas é só matéria.
Tua alma, porém, não ficou desnorteada
se encontra dentro de cada um de nós
lugar, na verdade, em que sempre esteve.
Amigo,
tua carne apodrece numa gaveta,
visão foda, mas é só matéria.
Tua alma, porém, não ficou desnorteada
se encontra dentro de cada um de nós
lugar, na verdade, em que sempre esteve.
Amigo,
tua carne apodrece numa gaveta,
visão foda, mas é só matéria.
Tua alma, porém, não ficou desnorteada
se encontra dentro de cada um de nós
lugar, na verdade, em que sempre esteve.
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