
Não é essa vontade absurda de
ver-te entrar por todas as portas que me cercam.
Nem o desejo amiúde de estar sempre
ouvindo tua voz a me cantar sobre os teus dias.
Não é o sofrimento imaculado de minha mão
minha triste e pálida e cálida mãozinha
que não quer mais ser minha
que precisa das tuas para não tremer
na madrugada rude e fria.
Não é minha alma que suspira,
os olhos que lacrimejam,
ou o gosto acre e saboroso de vida
que arde no meu corpo
quando lembra do teu corpo.
Nada disso me assusta.
O meu medo é que essa falta
Torne-se um vício torturante e belo.
O amor sempre chega
cheio de saudades...
W. Nietzsche:
Du fehlst mir!
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