A solidão tranquila da primeira lágrima
nascente de torrentes infinitas
surge na face do poeta
após longo período de estiagem
Agradece com alegria a chuva
e se joga em forma de semente
na espera da germinação
para o próximo poema
Plantar para colher para plantar
em ciclo infinito
de prosa poética telúrica
Amar a terra, usar os dedos
sentir a umidade de cada verso
fecundar feliz a página em branco