22 fevereiro, 2017

TO LOVE SOMEBODY OU COMO AMAR O RIO DA IMPERMANÊNCIA



e como já não amasse mais tinha uma necessidade ainda maior de amar novamente
mas seria um erro perder a chance de seguir só em sua jornada já milenar de atravessamentos

e porque já não amava mais andava leve e sempre em busca
nunca encontrando nada que movimentasse seu interior
a carne já não tremia

e já que não faz questão de amar encontra sempre um motivo para a satisfação do prazer seguinte
mesmo sabendo que nunca será o momento seguinte até que aconteça algo
e que seja doce
voraz e impermanente

e se já não há amor como prever o momento
a dor e a demanda? 

e como não amando
não querendo
não desejando
morre a cada instante era inevitável que amasse

imensuravelmente.

13 fevereiro, 2017

Do Amor na Pós Modernidade




O amor pós moderno
Não respira
Não toca a terra
Não cria raiz
Não recicla
Não fica
Não nada
Evapora 
Entorpece
Queima
E desaparece
Descartável
Pós Líquido:
É amor volátil