Ensaio a valsa para o teu retorno
Amor, essa febre que me queima os lábios
Noturno, o suor do corpo, a guerra, a ferida
Tudo faz sombra em minha face
À noite, o canto tem gosto de lágrimas
Esse pão amargo e sem fermento
Antes, era o beijo frio que me amolava
Hoje, eu amolo a faca que usastes
No meu coração que virou pedra
O amor, como o fio que atravessa a carne
O amor, que deixastes em coma em cima da cama
O amor, que levou meu sorriso para o fundo do rio
O peito pesa
e afasta da superfície esse cálice
de vinho tinto de sangue.