22 junho, 2012


Enquanto o tempo
puxa meus cabelos
Percebo o vento

Não há lamento
por um momento

Por pouco, invento!

20 junho, 2012

Como se fosse calar



Ensaio a valsa para o teu retorno 
Amor, essa febre que me queima os lábios
Noturno, o suor do corpo, a guerra, a ferida

Tudo faz sombra em minha face
À noite, o canto tem gosto de lágrimas 
Esse pão amargo e sem fermento

Antes, era o beijo frio que me amolava
Hoje, eu amolo a faca que usastes
No meu coração que virou pedra

O amor, como o fio que atravessa a carne
O amor, que deixastes em coma em cima da cama
O amor, que levou meu sorriso para o fundo do rio

O peito pesa
e afasta da superfície esse cálice
de vinho tinto de sangue.