quando você podia ser tudo
resolveu ser um nada
e agora quer ocupar o espaço...
todo o tempo pedido é perdido
mas nem todo o resto do tempo é perdoado.
20 setembro, 2009
08 setembro, 2009
Da primeira vez que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha...
E hoje, dos meu cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada
Arde um toco de vela, amarelada...
Como o único bem que me ficou!
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão avaramente adunca
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada!
Aves da Noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!
(Mário Quintana - A Rua dos Cataventos)
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha...
E hoje, dos meu cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada
Arde um toco de vela, amarelada...
Como o único bem que me ficou!
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão avaramente adunca
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada!
Aves da Noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!
(Mário Quintana - A Rua dos Cataventos)
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